Ontem iniciamos nossa greve e, como atividade, instalamos o “Acampamento do Respeito” em frente ao Palácio Anchieta. A greve dos trabalhadores da saúde foi divulgada em nossa categoria, através de edital publicado em jornal, via cartazes e comunicados às direções de hospitais e também através documento protocolado junto ao governo.
Até o início do acampamento e da greve, nenhuma resposta ou sinal por parte do governo do estado foi direcionada ao Sindsaúde/ES. Durante todo o dia de ontem o governador não se dignou a receber o sindicato e nem acenou com qualquer resposta a nossas reivindicações. Pelo contrário, cometeu a insensibilidade de deixar dezenas de pessoas dormirem às portas de seu palácio, em uma noite fria de inverno.
É essa mesma insensibilidade que tem assolado a categoria. Trabalhadores(as) com mais de 30 anos de trabalho em um mesmo hospital estão sendo obrigados a se mudar de local de trabalho e até mesmo de cidade, sob intensa pressão da fundação que agora administra hospitais públicos. Da mesma forma, profissionais da enfermagem não têm acesso ao piso salarial nacional tantas vezes aprovado e prometido pessoalmente pelo governador, quando candidato à reeleição. Da mesma forma, o governo não encaminha uma reestruturação de carreira que já vem sendo discutida há anos como forma de corrigir injustiças históricas para com a categoria.
Sofremos com a indiferença, o descaso e o desrespeito. Mas não arredaremos pé de nossos objetivos. Somos calejados pela vida, por uma profissão que não nos valoriza, por salários insatisfatórios. VENHAM FAZER PARTE DESSA LUTA, SERVIDORES E SERVIDORAS DA SAÚDE. Lutamos e resistimos. Nossa greve continua, pois somos RESISTÊNCIA E LUTA!